segunda-feira, 10 de março de 2008

Closer - Perto Demais [Closer], 2004

Closer - Perto demais é um filme ousado, moderno e realista. Com uma linguagem bastante contemporânea, o filme pode ser comparado com a média dos filmes lançados na mesm época.
Com termos adultos, provocações sensuais entre os personagens, decepções, traições, alegria e tristeza, o diretor Mike Nichols criou quatro marionetes: Dan (Jude Law), Anna (Julia Roberts), Alice (Natalie Portman) e Larry (Clive Owen).
Nesse mundo de muitas mentiras e poucas verdades, onde o objetivo de cada um se resume em alcançar a felicidade, o roteiro não tem nada de extraordinário, mas por ter caráter extremamente realista consegue destaque.
Closer consegue ser increvelmente sensual sem mostrar quase nada no que diz respeito a sexo. São apenas falas, sugestões do assunto, mas nada apelativo, até mesmo nas cenas no clube de striptease. Classe total do senhor Nichols.
Não é um filme extremamente original, mas é divertido, sensual, engraçado e bem dirigido e interpretado.
Destaque também para a trilha sonora, formada por belas canções como "The Blower's Daughter" e "Cold Water" de Damien Rice, muitas músicas italianas e até mesmo Bossa Nova (olha a gente aí), na cena da mostra de fotografias.
Curiosidade¹: Cate Blanchett chegou a assinar contrato para interpretar Anna, mas teve que desistir da personagem devido à sua 2ª gravidez.
Curiosidade²: Clive Owen interpretou o personagem Dan na montagem da peça nos teatros de Londres.

Sin City [Sin City], 2005



Para levar ao cinema mais esta produção tirada dos quadrinhos de Frank Miller, o diretor Robert Rodriguez financiou-a do seu próprio bolso, em uma arriscada empreitada. Mas, ao que tudo indica, deu certo, visto que a a seqüência já está em andamento.

Visualmente, a qualidade de Sin City é indiscutível. Ao contrário de outros filmes que são filmados em digital de alta denifição sempre em tela verde e depois acrescidos os cenários (ex. Capitão Sky e o Mundo de Amanhã), neste filme o efeito passa despercebido na maior parte do tempo, com a ajuda do preto e branco de forte contraste.

As cores usadas em detalhes a cada cena (sangue, olhares e 'otras cositas más') é definitivamente hipnótico e muito bonito.

Onde Sin City comete um pecado (piadinha sem graça..) é na narrativa. Na obsessão de que tudo fosse fiel à fonte, Rodriguez exagera na narração em off. Há seqüências muito longas apenas com diálogos internos dos personagens.

Há uma constelação de estrelas no filme (outra piadinha sem graça..) de pequenos papéis como Josh Harnett e Elijah Wood, Jessica Alba, Rosario Dawson e Brittanny Murphy (sensualíssimas e fatais). Os vilões são vividos por Nick Stahl e Benicio del Toro; os anti-heróis por Clive Owen e Bruce Willis (gatíssimo). Destaque para Mickey Rourke (Marv) com as melhores falas e se divertindo no papel do matador deformado.

As histórias se intercalam e algumas vezes são contadas fora de ordem, bem no estilo Quentin Tarantino, que, aliás, comandou uma seqüência como diretor convidado.

Curiosidade¹: Robert Rodriguez inicialmente queria que Johnny Depp interpretasse o personagem Jack Rafferty. Depp chegou a negociar sua participação no filme, mas terminou não entrando em acordo.

Curiosidade²: Inicialmente seria Leonardo DiCaprio o intérprete do personagem Roark Jr., mas posteriormente desistiu do personagem.

Curiosidade³: O sangue branco, marca registrada da revista, não pôde ser produzido de forma convincente nos sets de filmagens. Assim, foi usado um líquido vermelho fluorescente, que foi filmado com uma luz negra. Depois a cor deste líquido foi alterada para branco.

terça-feira, 4 de março de 2008

Todo-Poderoso [Bruce Almighty]

O que você faria se pudesse ser Deus por uma semana???

Apesar de já ter assistido a esse filme, fiquei com vontade de sentar no sofá, com uns chocolatinhos e uma coca bem geladinha e curtir a Sessão da Tarde. Duro ser gente grande (metáfora, minha gente!) e ter que trabalhar. Mas, falando de filme...

Em Todo Poderoso, Jim Carrey interpreta o papel de Bruce Nolan, um repórter televisivo conhecido por suas matérias onde o mesmo se esforça e, como seu chefe diria: “possui o dom de fazer as pessoas rirem”.

Entretanto, Nolan não se sente profissionalmente realizado e quer ser o chamado âncora de seu canal. Âncora vem a ser um famoso apresentador de telejornal local, visto com certo prestígio por parte de seu grupo e da própria sociedade (Fátima Bernardes, William Bonner e por aí vai..).

Contudo, Bruce tem um rival muito talentoso em seu caminho que sempre dá um jeito de ficar com as melhores reportagens e Bruce, por sua vez, acaba ficando com as menores e sem tanta importância, o que dificulta sua promoção para “âncora” em seu trabalho.

Sem nenhuma pessoa específica pra chamar de culpado, o pobre Bruce decide atacar Deus. Mas o Todo Poderoso decide atendê-lo e o convida para uma “reunião”, onde passa a ele todos os seus poderes. Com isso, o fracassado jornalista tenta recuperar seu trabalho, sua namorada, e sua dignidade.

As melhores piadas do filme ocorrem durante o "reconhecimento" das novas possibilidades, como toda a seqüência dentro da lanchonete. A partir daí, Bruce usa e abusa da situação em proveito próprio e para castigar os seus rivais.

Algumas tiradas de Todo Poderoso são realmente inspiradas, como os furos jornalísticos do repórter sabe-tudo. Mas, assim como os poderes de Bruce uma hora acabam, também as piadas se transformam, na metade do filme, em um sermão. Na marra, o protagonista aprende a ouvir as rezas e os pedidos do resto do mundo, a usar os poderes para o bem comum - e a reconquistar o coração da amada perdida.

O filme recebeu 2 indicações ao MTV Movie Awards, nas seguintes categorias: Melhor Comediante (Jim Carrey) e Melhor Beijo (Jim Carrey e Jennifer Aniston).

Curiosidade¹: o ator Robert De Niro chegou a ser sondado para interpretar Deus em Todo Poderoso.
Curiosidade²: foi o filme mais visto no Brasil em 2003, tendo levado 5.453.916 pessoas aos cinemas.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O Grande Truque [The Prestige]

"Todo grande truque de mágica consiste em três atos. O primeiro ato é chamado "A Promessa": o mágico mostra à platéia alguma coisa ordinária… mas que naturalmente não o é. O segundo ato é chamado "A Virada": o mágico faz essa coisa ordinária fazer algo extraordinário. Agora, você está procurando pelo segredo… você não o encontrará, e é por isso que há um terceiro ato chamado "A Fascinação" ["The Prestige"]: esta é a parte das reviravoltas, onde as vidas ficam suspensas e você vê algo chocante que nunca havia visto antes."


Você está olhando atentamente??

O filme do diretor Christopher Nolan se passa na virada do século XIX para o século XX e conta a história de dois mágicos: Alfred Borden (Christian Bale) e Robert Angier (Hugh Jackman). No começo, os dois eram grandes amigos, até que um incidente separa os mágicos.

Nolan jamais subestima a inteligência do espectador. Ao contrário, ele empurra a platéia a momentos de reflexão.

A estrutura do roteiro, escrito pelo próprio Nolan e por seu irmão Jonathan, faz deste, o filme mais difícil do cineasta desde Amnésia. Com o constante vai e vém no tempo, sempre sem aviso ou rodeios, e narrações de diversos personagens, O Grande Truque é um filme que exige um cineasta de talento para se tornar atrativo aos olhos do espectador. Neste sentido, Nolan comprova mais uma vez sua habilidade em contar histórias, mantendo a narrativa segura, com foco não nos truques dos mágicos, e sim na rivalidade entre os dois, uma escolha que revela-se muito acertada.

Ao abordar a trama desta forma, O Grande Truque deixa de ser apenas um “filme de mágicos” para se transformar em um estudo da natureza humana. Nolan tem condições de explorar os personagens e suas motivações, enriquecendo a obra. Se a dedicação completa dos mágicos à sua arte impressiona, é a obsessão quase cega deles em destruir um ao outro que eleva o nível do filme.

Assim, com espaço para os personagens, quem ganha chance de destaque é o elenco. Hugh Jackman oferece aqui provavelmente a sua interpretação mais completa, construindo um personagem tridimensional que passa por diversas transformações na obra. Por outro lado, é difícil dizer que esta é a melhor interpretação de Christian Bale (o ator tem diversos grandes trabalhos), mas seu desempenho em O Grande Truque é o perfeito contraponto à atuação de Jackman. Bale cria um Alfred Borden completamente apaixonado por aquilo que faz, capaz de devotar sua vida a isso. É um homem muito mais frio do que seu rival, uma vez que não hesita nem em machucar aqueles a quem ama.

O elenco ainda traz o sempre ótimo Michael Caine na pele de Cutter como uma espécie de mentor dos mágicos, o engenheiro que inventa os truques. O ponto fraco fica por conta da assistente de palco Olivia Wenscombe (Scarlett Johansson), completa e totalmente desperdiçada em um papel pequeno, que certamente não condiz com seu talento e status.

É uma sensação extremamente agradável assistir a um filme como O Grande Truque, no qual é difícil antecipar o que irá acontecer no minuto seguinte e, muito menos, como tudo irá terminar.

Para mim, o ponto menos positivo do filme é referente à invenção utilizada por um dos mágicos. Ainda não fiquei totalmente convencida de que colocar algo, digamos, “impossível” na obra tenha sido a melhor alternativa, uma vez que diminui o talento de tais artistas ao mostrar algo que não é um truque – além, claro, de tirar um pouco da realidade da produção.

Uma curiosidade: Este é o 2º filme em que o diretor Christopher Nolan trabalha com os atores Christian Bale e Michael Caine. O anterior foi Batman Begins.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Nova Onda do Imperador [Emperor´s New Groove]

Domingo, finalzinho de noite, sem muita coisa pra fazer e muito cansada, chamei meu amor pra assistir um filminho em casa, com direito a pipoca e coca-cola. Achei esse lá no fundinho da estante, escondido e não tive dúvidas: é esse que vamos assistir!

A Disney que (na época do lançamento desse filme - 2000) não vinha produzindo muitos filmes épicos de desenho animado, trouxe um filme que põe de lado todos aqueles traços realistas dos personagens e aquela multidão de efeitos especiais (será que é isso que chamam de 'magia Disney'?).

A história tem três personagens: Kuzco (na voz de Selton Mello), um imperador cruel que não tem o mínimo de piedade com seus empregados e com seu povo (ainda que não por maldade, mas por descaso); Yzma (na voz de Marieta Severo), a típica vilã Disney: exagerada, velha e cheia de maldades, com um capanga que faz tudo por ela; e finalmente Pacha, o camponês que vê sua aldeia, sua casa e sua gente ameaçada por um capricho do imperador.

Resumindo: o imperador Kuzco quer dar de presente a si mesmo um spa de férias e quer construí-lo no alto morro, onde fica a casa de Pacha. Enquanto isso, Yzma arquiteta um plano para destronar o imperador e assumir seu lugar. Porém, seu plano dá errado e ela transforma Kuzco em uma lhama e este acaba indo parar na casa de Pacha.

Agora o imperador Kuzco depende de Pacha para retornar ao seu palácio e ao poder, mas este só quer ajudar caso tenha garantias que não vá ter a sua casa demolida. Não querendo ceder no início, Pacha e a lhama Kuzco vão criando um laço forte de amizade à medida que enfrentam os perigos do retorno ao palácio.

A Nova Onda do Imperador é um filme com traços simples e personagens que são verdadeiras caricaturas de seus dubladores (David Spade - Kuzco, John Goodman - Pacha e Eartha Kitt - Yzma). As paisagens são bastante colorida e os diálogos e situações são engraçadíssimas. A trilha sonora é ótima e a dublagem convincente.Mesmo não sendo um daqueles filmes inesquecíveis, como O Rei Leão, é um dos mais divertidos da Disney.

Uma curiosidade: na versão dublada, as canções de A Nova Onda do Imperador foram cantadas por Ed Motta. Esta é a terceira vez que o cantor brasileiro participa de um desenho da Disney. As anteriores foram em Tarzan e O Corcunda de Notre Dame.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Pecados Íntimos [Little Chidren]

Tirem as crianças da sala!!! Não, não vou falar sobre filme pornô (esse é um blog de respeito, oras), mas não recomendo que você assista a esse filme acompanhado daquele seu sobrinho pentelho ou enquanto a sua filhinha de três aninhos curiosa estiver por perto.

Pecados Íntimos fala de Sarah (Kate Winslet), casada e mãe de uma menina. Sarah leva sua filha para brincar no parque. Sentada num banco, lendo seu livro, observa com certo distanciamento a conversa de três outras mulheres que também freqüentam o local com a mesma finalidade. A atenção delas é despertada pela presença do bonitão Brad (Patrick Wilson), que volta e meia aparece por lá com seu filho pequeno. Sem coragem de iniciar um diálogo, as moças o chamam de O Rei do Salão. Este, por sua vez, mesmo sem saber, desperta nelas desejos sexuais há muito escondidos.

Não demora para que Sarah e Brad, depois de uma brincadeira que dá errado, desenvolvam uma afeição mútua. E se tudo parece normal demais, surgem dois elementos externos às histórias de subúrbios que tornam a história intrigante e evidencia suas discussões. Volta à cidade, depois de cumprir pena, um pervertido, preso por exibir-se para uma criança. É como se um tubarão (a cena da piscina é poderosíssima para gravar essa imagem) entrasse numa pacífica lagoa. A outra é a entrada de Brad para uma liga amadora de futebol americano, atendendo aos apelos de um amigo antigo e ex-policial (Noah Emmerich), cujo hobby é incomodar o ex-presidiário e sua mãe todas as noites.

A história do pervertido, vivendo com a sua preocupada mãe (tão superprotetora quanto às do parquinho), é a melhor. Seria ele um sujeito realmente perigoso - seu ato o primeiro de uma série - ou alguém que errou uma vez, pagou o preço, e está de volta reabilitado? O personagem é vivido por Jackie Earle Haley, um antigo astro-mirim da década de 1970, que entrega-se totalmente ao trabalho.

Talvez o principal mérito de Pecados Íntimos esteja na construção dramática de seus personagens. As ações de Sarah e Brad, certas ou erradas, são coerentes com os respectivos sentimentos ao longo da trama. Não há pressa. Não há exageros. Nada soa forçado. Por mais reprovável e injustificável que seja, o adultério cometido pelos dois protagonistas surge como uma conduta perfeitamente compreensível no contexto da história. Por sua vez, a reação nada romântica de Ronnie ao final de um primeiro encontro amoroso, é por nós aceita como plenamente possível diante do momento dramático do personagem. Roteiro bom é isso: timing é o segredo de tudo.

Por melhor que seja o título nacional, teria sido melhor manter o original (Criancinhas ou Pequenas Crianças). Quem são as verdadeiras criancinhas? Seria Ronnie, o adulto infantilizado pela mãe dominadora? Seria o casal Sarah e Brad, imaturos na forma como tentam resolver suas próprias fragilidades? Seriam as próprias crianças, assustadas com a ameaça de um psicopata na casa ao lado? Seriam as três esposas do parque, que de tão fiéis à instituição do casamento, praticam sexo com hora marcada e nem percebem que o parceiro adormece durante o ato?

O desfecho tem um certo tom conformista, de aceitação, que inicialmente incomoda. Mas conforme passam as horas ele cresce e transcende o óbvio, respeitando seus personagens. Field e Perrota (roteiristas) sugerem que eles são todos cheios de falhas, mas o pervertido é o único que conhece as suas. De certa forma, é a única pessoa honesta na hipócrita comunidade - e a única capaz de amar de verdade e fazer sacrifícios em nome desse amor.

Destaque: a cena do adultério em cima da máquina de lavar. Não vou nem comentar.. vou deixar por conta de quem assistir.

Uma curiosidade: Foi Kate Winslet quem sugeriu Patrick Wilson como intérprete de Brad.

1408

Com um pouco de receio, resolvi assistir ao tão divulgado filme. Digo com receio porque, ultimamente, os filmes baseados na obra do mestre Stephen King têm sido verdadeiros acidentes de percurso. Desde À Espera de um Milagre, as obras desse autor não têm recebido a mesma atenção ao serem adaptadas para o cinema.

Mike Enslin (John Cusack) é daquele tipo que só acredita vendo. Depois da morte da filha e do fim do casamento, ele embarca em viagens para desvendar supostos fenômenos sobrenaturais. E é justamente o ceticismo de Enslin que nos indica o caminho que se pretende seguir: o do suspense e do desconhecido.

O filme se passa no que poderíamos chamar de tempo real e com uma estrutura diferente da que estamos habituados a ver. Tudo o que é importante está à vista, mas ao contrário do que é normal neste gênero de filmes, tudo é mostrado de forma inteligente e sucinta.

A realização extremamente competente traz planos geniais: o início do filme fala por si só. É graças às cenas no hotel - quando o gerente Gerald Olin (Samuel L. Jackson) encontra Mike, a ida até ao quarto (muito bem conseguida) e o plano da chave (genial) - que o filme se mantém coeso até muito próximo do final. O fato de também não terem recorrido aos efeitos digitais em excesso, torna o filme mais sólido. Apesar disso, nas cenas em que os efeitos são utilizados, foram feitas de forma acertada. Um ponto positivo: os mortos aparecem como uma cena de televisão dos anos 50. De bom gosto e original!

John Cusack é o homem do filme. É ele que carrega o filme nas costas com uma interpretação muito acima da média, aliás muitas vezes, trata-se de um monólogo; temos praticamente o filme todo só com John Cusack. Mas não é apenas na criação de Mike que Cusack se sai bem, afinal existe um outro personagem bastante importante: o apartamento. Em conjunto com a equipe técnica, o ator é essencial para a identificação do espectador. Enquanto um rádio insiste em tocar o trecho de uma música que diz: “estamos apenas começando” (We've only just began, da minha adorada Karen Carpenter), Cusack em dado momento do filme já estabelece diálogos com o imóvel.

Apesar dos sustos fáceis do estilo vulto + som alto, é mesmo o clima sinistro e o terror psicológico que deixam 1408 acima da atual média dos filmes de terror.

Porém, não posso deixar de apontar aquilo que considero ser menos bom: o final. Sem querer contar muito, o final é exageradamente confuso, extenso, desconexo e descontextualizado de todo o resto, com repentinos avanços e retrocessos que deixam o espectador sem saber onde se situar e principalmente sem perceber o desfecho do filme.

Mesmo deixando muito em aberto alguns aspectos do filme, como por exemplo, o que há realmente no quarto ou quem mandou o maldito postal que levou Enslin a ir ao Hotel Doplhin, 1408 é, com certeza, um dos melhores filmes do gênero que vi ultimamente. Ótimo entretenimento com uma rotina de terror bem conseguida independentemente do ponto de vista.

Uma curiosidade: há diversas referências ao número 13 ao longo do filme. Uma delas é o próprio título, cuja soma dos números dá exatamente 13.